Você já perdeu algo importante para a tecnologia? Eu perdi um texto que escrevi em 2023 com o título “Nem Inteligente Nem Artificial”, inspirado na frase do cientista Miguel Nicolelis. Irônico, não? Em miúdos, um robô invadiu meu site, e tudo foi apagado. Mas isso, no fundo, só reforçou minha reflexão: se conversar com algoritmos é apenas acessar o que nós, humanos, já produzimos, o que há de realmente artificial nisso?
Como sociólogo, meu olhar para a tecnologia é diferente daquele de um programador – e está tudo bem. Tecnologias, por si só, nunca foram um problema. O verdadeiro desafio está em discutir a relação entre seus efeitos e responsabilidades, especialmente quando falamos em uso (indevido?!) e desenvolvimento (inocente?!).
No caso da inteligência artificial, com seus algoritmos e performances impressionantes, a verdade é que sempre voltamos ao humano – que, até o momento, continua sendo qualquer coisa, menos artificial.
A tecnologia não nasceu digital
Esse debate não é novo. Em “O Paradigma Perdido: A Natureza Humana”, Edgar Morin, citando Serge Moscovici, nos lembra: “Tudo nos incita a pôr termo à visão de uma natureza não humana e de um homem não natural.”
Com essa introdução um tanto caótica, chego ao ponto central do meu trabalho cotidiano: ajudar pessoas de diferentes gerações, culturas e conhecimentos a compreender se essa “revolução tecnológica” é um problema ou uma solução.
Por muito tempo, tentei me posicionar como Consultor Pessoal de TI, mas nunca fui reconhecido como tal. A tecnologia é ampla, complexa e, muitas segmentada. E, apesar de elaborar projetos, implementar soluções e resolver problemas conceituais, acabei rotulado como “o técnico de informática” – mesmo sem nunca ter sido.
Um olhar tecnológico diferente
Quase desisti. Por muito pouco mesmo. Mas então veio a massiva popularização do ChatGPT e de ferramentas similares, trazendo a inteligência artificial para o dia a dia das pessoas comuns. Foi o que me inspirou a tentar novamente. Com mais maturidade e uma orientação comercial mais sólida, decidi simplificar: sou um facilitador digital.
Facilitador digital é quem traduz a complexidade da tecnologia para o cotidiano, ajudando as pessoas a navegarem por essa revolução com mais confiança. Meu papel é fazer com que as ferramentas digitais sejam compreensíveis, úteis e acessíveis para todos.
“No futuro, com a chegada de ferramentas ainda mais sofisticadas – como automação avançada, realidades aumentadas e dispositivos de IA integrados – a necessidade de apoio humano para guiar esse processo se tornará ainda mais evidente.” – disse-me um modelo de inteligência artificial (IA).
O projeto de Tecnologia Básico Digital
E é exatamente por isso que lancei a campanha “Não é crowdfunding, é investimento!“. Por meio de um financiamento coletivo, quero expandir o projeto Básico Digital, criado para ajudar mais pessoas a superarem os desafios tecnológicos e se adaptarem a um mundo cada vez mais digital.
O Básico Digital é um modelo de negócio que atende a uma necessidade urgente: ensinar e empoderar as pessoas para que dominem as ferramentas digitais, desde o uso do básico até o avanço em soluções tecnológicas.
Estou em busca de parceiros para ideias, projetos e ações. Juntos, podemos transformar essa revolução tecnológica em algo inclusivo, acessível e humano.
Afinal, a tecnologia não precisa ser um obstáculo. Entre em contato, participe da campanha e vamos construir um futuro digital mais simples e conectado para todos!